CODEPLUG… Método prático para construir um – Parte 4

Chegando ao fim dessa série, trago a vocês a parte 4 onde faremos a apresentação do último item daquela lista inicial e também algumas considerações que são importantes para você concluir a criação do seu codeplug… então vamos a ela…

LISTA DE ZONAS

O que são?

A Lista de Zona nos permite especificar quais canais serão usados dentro de uma determinada área de operação. Uma Lista de Zona para uma estação base será bem diferente de uma Lista de Zona para uma estação móvel. Em uma estação base você tem uma determinada área de cobertura e uma área bem definida de recepção de sinais de tal modo que isso pouco se altera. Em uma estação móvel, ao contrário, você pode ter uma permeabilidade em áreas em que dominam outras estações com as quais você pode fazer contato e elas precisam constar no seu codeplug. Em estações portáteis irão predominar os repetidores e poucas serão as oportunidades de contato em simplex. Tudo isso mostra que devemos nos preocupar em otimizar nosso codeplug para o tipo de operação que pretendemos praticar.

Como construir?

Imagine que você costuma viajar entre Curitiba e Florianópolis. Dentro desse percurso você tem vários repetidores analógicos e digitais disponíveis para você operar, além das frequências simplex que alguns colegas costumam operar. Pois bem, seria muito útil se você construísse um zona contendo as frequências que estão disponíveis durante esse percurso, então, dentro dessa zona você teria todas as frequências da sua “Lista de Canais” (ou pelo menos aquelas que você considera mais importantes) que você poderia usar na viagem. Essa “Zona de Canais” poderia se chamar, por exemplo, Curtiba-Floripa ou outro nome que intuitivamente lembre esse percurso. Agora imagine que além disso você deseja ir para Porto Alegre. Você poderia criar uma outra “Zona de Canais” com uma parte de frequências operadas em Florianópolis e outras que seriam usadas pelo caminho até Porto Alegre e chamá-la, por exemplo de Floripa-POA e assim somente trocaria de zona e já teria todas as frequências disponíveis no percurso. Por isso é tão importante planejar bem a “Lista de Zonas” e, mais uma vez, entender bem essa interação entre os 4 itens abordados.

CONCLUINDO

É claro que seria muita audácia de minha parte querer esgotar esse assunto em três ou quatro posts… na verdade isso seria impossível… chego ao fim desse post com a certeza de que muitos serão despertados a pensar como podem construir seus próprios codeplugs. Eu defendo a ideia de que devemos nos espelhar em quem já faz isso a algum tempo e então, a partir de um exemplo, personalizar um codeplug que mais se parece com aquilo que imaginávamos como ideal para nosso uso. É importante buscarmos ferramentas que facilitem a criação, edição importação e exportação desses arquivos para os softwares de programação dos vários fabricantes. É muito promissor a questão de que, praticamente todos os softwares, aceitam arquivos .csv para importar e/ou exportar as “Listas de Contatos” e as “Lista de Canais”. Isso facilita muito a quem vai programar o rádio

Não esqueça dos itens de personalização do seu rádio tais como nome, indicativo e mensagem de boas vindas quando você liga seu rádio. Lembre-se também que, habilitar ou não os sinais audíveis de sinalização, cores de display, temporizadores e outras facilidades do seu rádio depende apenas de você. É isso que personaliza seu rádio.

DICAS FINAIS

1 – Programe seu rádio para TOT 165… repetidoras são programadas para 180 então você poderá ser avisado (por sinalização se estiver disponível em seu rádio) antes da repetidora cair e dar um reset no TOT antes que percam grande parte do seu câmbio.

2 – Segundo o “Central Idaho Amateur Radio Club” não é recomendado usar Grupo de Recepção ou seja, ao programar, deixar o Grupo de Recepção em ‘Nenhum’ (None), e o critério de admissão recomendado é o código de cor livre (free color) porque aproveita melhor a capacidade do DMR para impedir a duplicação de sinais embora a opção padrão dos CPS normalmente seja o ‘Sempre’ (Allways)

3 – Lembre-se de seguir a lista dos 4 itens na confecção do codeplug. Isso se faz necessário por que existe um relacionamento entre os dados que deve ser mantido sob pena do codeplug não funcionar direito.

4 – Crie nomes intuitivos para Grupos, Canais e Zonas, isso irá facilitar quando você necessitar editar o codeplug ou qdo quiser informar a algum outro colega.

5 – Tenha em mente o cooperativismo… compartilhe com todos, as suas descobertas e melhorias, isso faz bem para todos nós.

73’s!

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

UMA PAUSA NECESSÁRIA… LEIA COM ATENÇÃO!

Quero fazer uma pequena pausa na série que estou publicando porque julgo necessário para todos nós que saibamos o que segue abaixo… se cada um de nós tirar 10 minutos do seu dia para ler o que estou publicando abaixo, que aliás não é de minha autoria, só fiz a tradução, poderemos ter o despertar para alguns procedimentos básicos em operar nossa rede DMR. O texto origonal é da própria DMR-MARC…
Guia de ‘Melhores Práticas no DMR-MARC’
A DMR-MARC é uma organização cuja única missão é auxiliar no desenvolvimento responsável, implantação e uso de tecnologias DMR nas fileiras amadoras. Sua associação aberta é composta de milhares de usuários finais, juntamente com inúmeros proprietários de repetidores e c-Bridge. Através de seus membros e em parceria com outros, a DMR-MARC desenvolveu ferramentas e tecnologias que hoje servem como a arquitetura e estrutura subjacentes da rede DMR amadora. Tudo o que o DMR-MARC fornece foi possível graças às doações de tempo e dinheiro de indivíduos e empresas que compartilham de nossas crenças e missão.
O DMR-MARC não pertence a um grupo; é uma rede que pertence a todos que a usam. Com este privilégio vêm certas responsabilidades. Essas responsabilidades não são codificadas em um conjunto de regras; ao contrário, eles são descritos em um conjunto de princípios e guias para as melhores práticas.
Princípios
– O DMR-MARC foi criado para levar as tecnologias de DMR à comunidade DMR amadora do mundo.
– DMR-MARC está comprometido com o crescimento responsável e adoção da tecnologia DMR.
– O DMR-MARC acredita que a rede e seus usuários devem ser tratados com cortesia e respeito. Para usar essa rede, é preciso concordar em seguir as melhores práticas em rádioamadorismo e lembre-se também que a nossa rede é de inclusão.
– O DMR-MARC acredita que o espectro é o bem mais precioso do nosso hobby. Isto pertence a todos e deve ser usado e governado com eficiência e sabedoria.
– O DMR-MARC percebe que faz parte da comunidade mais ampla de DMR e trabalha continuamente com os outros para desenvolver e implantar novas tecnologias e promover as melhores práticas.
Melhores práticas
User IDs
DMR foi desenvolvido e implantado principalmente para o mercado comercial. Como tal, todos os rádios e repetidores DMR requerem um ID numérico. Este ID não deve ser confundido com um indicativo de chamada. O ID é exclusivo para um indivíduo e pode ser usado em vários dispositivos. A DMR-MARC desenvolveu um esquema de numeração, baseado no sistema de numeração GSM, para o mercado amador. Cada ID é exclusivo de um indivíduo e específico da geografia na qual o equipamento é usado principalmente. Pedimos que todos os usuários amadores de DMR obtenham sua identidade através do site DMR-MARC em http://dmr-marc.net/contact.html. Isso garante que seu ID esteja em nosso banco de dados global e que suas informações estejam contidas em cada c-Bridge e em uma variedade de aplicativos de terceiros que usam esse banco de dados.
Níveis de áudio
O áudio de transmissão inconsistente talvez seja a maior fraqueza do DMR. Até que um padrão de áudio seja acordado ou uma solução técnica seja encontrada, cabe a todos nós, quando possível, ajustar nossos rádios para garantir que nosso áudio seja consistente com os outros na rede.
Ao usar um rádio capaz de ter seu áudio ajustado, encoraja-se que cada usuário aproveite o medidor de teste de áudio para entender como sua transmissão soa e faça os ajustes necessários. Usando o medidor online junto com o Talk Group 9999, o usuário tem a capacidade de fazer todos os testes necessários sem interferir com outras pessoas na rede. Use um navegador Chrome e vá para http://caldmr.org/list-now/index.html
Grupos de discussão – qual deles?
Existem mais de 100 grupos de discussão disponíveis para a comunidade amadora de DMR. Alguns servem clubes, alguns são específicos do tópico e alguns são geograficamente baseados. O DMR-MARC oferece atualmente 33 grupos de discussão em todo o mundo. Em geral, o DMR-MARC oferece grupos de discussão divididos ao longo da base geográfica e específica do idioma. Historicamente, os grupos de conversação geográfica foram limitados aos repetidores e c-Bridges dentro de uma região específica. A razão para isso não era excluir as pessoas de falar com outras regiões, e sim usá-las como uma ferramenta para gerenciar melhor os recursos da rede. Essa abordagem foi solucionada devido ao fato de que alguns proprietários do c-Bridge estavam compartilhando grupos de discussão sem autorização e isso criou uma série de outros problemas de “realimentação” para a rede como um todo.
Quase todos os grupos de discussão do DMR-MARC estão disponíveis para qualquer c-bridge. Em troca, pedimos aos operadores da c-Bridge para obter os grupos de conversação através de uma conexão direta com um dos nossos servidores CORE. Pedimos que os usuários respeitem o uso pretendido do grupo de conversação e utilizem os sistemas para que a quantidade mínima de recursos seja usada em cada transmissão.
Uso mínimo é um conceito importante, mas o que isso significa?
Digamos que um usuário na Europa esteja procurando se comunicar com alguém na América do Norte. A maneira de conseguir isso seria usar um dos grupos globais de conversação, chamada mundial ou internacional em todo o mundo (ou outro idioma). Mas se esse mesmo usuário estivesse apenas tentando falar com um amigo e ambos tivessem acesso ao seu repetidor local, seria melhor usar o canal local daquele repetidor. No caso de fazer uma ligação para a América do Norte em um dos Grupos de Discussão globais, a transmissão está acionando um intervalo de tempo em quase todos os repetidores amadores de DMR no mundo. No caso de falar com um amigo no grupo de conversa local, você estaria tendo uma conversa, mas usando apenas um intervalo de tempo em um repetidor. Embora possível, não faria sentido ter a conversa local no Worldwide Talk Group porque você usaria muito mais recursos do que o necessário e esses recursos não estariam disponíveis para os milhares de outros usuários do DMR em todo o mundo. Faz sentido?
Chamando canais e grupos de conversação ativados pelo usuário
Além de usar o grupo de conversação correto com base nas suas necessidades de comunicação, também é importante entender que os grupos de discussão podem trabalhar de duas maneiras diferentes, conforme definido pelo administrador do c-Bridge. Um grupo de conversação pode ser definido como “sempre ligado” ou “ativado pelo usuário”. Um grupo de conversação sempre ativo é exatamente isso, está sempre ativado e disponível em seu repetidor local. Um grupo de conversação ativado pelo usuário está sempre disponível, mas não é ativado no repetidor até que um usuário o ligue. Isso é feito selecionando o canal e pressionando o botão push-to-talk do seu rádio. A transmissão curta ativa o grupo de conversação por um período de tempo, mais uma vez, definido pelo administrador do c-Bridge.
O DMR-MARC prefere que nossos grupos de conversação regionais sejam programados como sempre ativos e que sejam usados como “Canais de Chamadas”. Um canal de chamada é um grupo de conversação cuja finalidade principal é fazer contato inicial com outro usuário.
Para ilustrar esse conceito, vamos usar o grupo de conversação norte-americano como exemplo. Na América do Norte, o grupo de conversação norte-americano é o canal mais usado da nossa rede, isso porque é definido pela maioria dos administradores do C-Bridge como sempre disponível e disponibilizado para todos os repetidores no continente. Como um canal de chamada, ele deve ser usado ao chamar outro usuário na rede. O objetivo seria usar esse canal para encontrar outro usuário, mas depois levar o QSO para um dos nossos grupos de conversação ativados pelo usuário. Embora os QSOs curtos não sejam proibidos, lembre-se de que o objetivo principal desse canal é simplesmente fazer contatos.
O que isso significa na prática? Se, por exemplo, estiver ocorrendo uma conversa com vários usuários norte-americanos de DMR localizados em vários locais em todo o continente, o grupo de conversação norte-americano é uma boa opção – pelo menos para começar. A conversa pode começar na América do Norte, mas se ela se tornar uma “mastigação de trapos” prolongada, deve mover a conversa para um dos nossos canais activados pelo utilizador, UA Inglês 1 ou UA Inglês 2. Estes dois canais devem estar disponíveis em todos os repetidores, mas apenas ligado no repetidor local quando um usuário os liga. Então, no caso do “mastigar trapos” com três ou quatro usuários, todos teriam acesso a um desses dois canais, mas quando eles digitavam e ligá-los em seu repetidor local, passariam de usar cada repetidor no continente para apenas três ou quatro. Outros ainda poderiam participar da conversa ou apenas ouvir um desses grupos de conversação em seu repetidor local, mas os recursos dos repetidores restantes na rede estariam disponíveis para outros usos. Sua conversa ainda acontece e permite que outras pessoas também tenham uma.
Nossa rede
A rede DMR-MARC é uma rede em todos os aspectos. É um grupo de repetidores em rede e uma rede de entusiastas. Não pertence a nenhum grupo ou organização. Pertence a todos nós. A organização DMR-MARC trabalha para criar diretrizes e ferramentas para que a rede possa continuar a crescer, permaneça aberta a todos e, o mais importante, é uma rede que todos podemos usar e aproveitar. Por favor, use a rede de forma responsável e seja positivo em incentivar outros a fazê-lo também.
Do original “DMR-MARC Best Practice Guide”
Tradução Livre por PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.
Grifos do tradutor.
Era isso senhores… logo mais a parte 4 da nossa série… até lá!!
73’s!
PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

CODEPLUG… Método prático para construir um – Parte 3

Olá pessoal!… dando prosseguimento a nossa série “CODEPLUG… Método prático para construir um” estou publicando hoje a parte 3 que fala sobre um dos itens mais importantes do codeplug, a “Lista de Canais”. Notem que, devido ao carácter genérico desse artigo, não vou me deter a explicar particularidades de um ou outro fabricante, mas é claro que tenho que alertá-los de que alguns fabricantes não listam os canais separadamente, já o fazem diretamente na “Lista de Zonas”. Em nosso entendimento, ficará mais fácil assimilar os conceitos de cada um dos 4 itens indicados inicialmente, se analisarmos separadamente cada um deles, entendermos o conceito de cada um e a relação dele com os demais. Isso vai facilitar inclusive o entendimento posterior quando nos depararmos com algum rádio que não possua a “Lista de Canais” como descrita aqui. Então… vamos a ela…

 

LISTA DE CANAIS

O que são?

A Lista de Canais é uma lista onde consta todas as frequências que você irá receber em seu transceptor, independente que seja digitais ou analógicas, repetidoras ou simplex, slot1 ou slot2. Ou seja, toda e qualquer frequência que você queira trabalhar, você terá que acrescentar em seu codeplug na “Lista de Canais”.

Onde buscar?

Você deve procurar saber com os administradores das frequências e características de operação de cada frequência que quiser operar ou procurar os dados naquele arquivo do BrandMeister ou do DMR-MARC já citados e você já deve (ou deveria) ter baixado. Repetidores analógicos normalmente trabalham com subtom e estes devem ser conhecidos e programados adequadamente. Frequências simplex digitais devem ter informados o slot e a cor.

O que contém?

Os dados mínimos que conterá cada canal de uma “Lista de Canais” serão:

Nome do Canal  ==========> Você escolhe um nome

Frequência de Transmissão ===> A frequência apropriada escolhida

Frequência de Recepção =====> A frequência apropriada escolhida

TOT  ================> 165 (para terminar antes que o repetidor caia)

Frequência de Ref. de TX  ====> MID

Frequência de Ref. de RX  ====> MID

Critério de liberação =======> Sempre, Canal Livre, Cor Livre

Nome do contato==========> Nome do TG

Grupo de Recepção ========> Nome do Grupo de Recepção ou Nenhum

Código de Cor============> Conforme sua escolha

Slot ==================> Conforme sua escolha

Tipo de privacidade ========> Nenhuma

Modo do Can ============> Analógico / Digital

OBS: Para operações via rede BrandMeister, sugere-se por padrão utilizar SLOT=1 e COR=1 para o TG724-Brasil e SLOT=2 COR=1 para o TG9-Local.

Como construir?

Digamos que você queira colocar na sua Lista de Canais a frequência da PY5ETI, repetidora de Curitiba – PR, instalada no município de Balsa Nova. Você pode obter as características de operação dela a partir dos dados fornecidos pelo BrandMeister naquele arquivo já comentado aqui. Pois bem, para programar o seu rádio esse canal ficaria assim, Frequência de RX 146.970MHz, Frequência de TX 146.370MHz, COR1, SLOT1, para o TG724-Brasil… mas você pode querer trabalhar o outro slot… então você teria que acescentar na “Lista de Canais” mais um canal da PY5ETI com as mesmas frequências de TX e RX mas com COR1, SLOT2 e passaria a ter disponível também o TG9-Local, nesse caso será bom diferenciar isso no nome do canal, por exemplo, PY5ETI-SL1 e PY5ETI-SL2. Algo parecido, seria programar um canal em uma frequência qualquer de uso simplex, o que muda é que frequência de recepção e transmissão são iguais e você pode dar um nome ao canal que sugira isso, por exemplo, 145.510-SPX_SL1-5… ao olhar esse nome, intuitivamente sabemos sobre esse canal, a frequência, que trata-se de um canal SimPleX, SLot1-COR5… fica fácil de informar a outro colega os parâmetros básicos para ele contatar com você, mas claro, isso é só um exemplo e você pode querer fazer diferente e a sua moda.

OBS: A propósito de canais simplex em DMR, a revista QST na sua edição de outubro de 2015, sugere o uso das frequências simplex para uso em DMR em VHF 145.510, 145.790 e em UHF 433.450, 441.000, 446.075, 446.500, claro que para nós, brasileiros restou, em UHF, apenas a 433.450 já que nossa banda de UHF vai até 440.000MHz… azar nosso que não ocupamos os espaços.

Bem então vamos combinar o seguinte… enquanto vocês “arregaçam as mangas” e constroem a sua “Lista de Canais” eu vou providenciando o último item do nosso roteiro de construção de codeplug… a “Lista de Zonas”…

Apenas mais uma observação… alguns fabricantes exigem que se construa “Lista de Canais” separando canais analógicos dos canais digitais, se esse for o seu caso, faça como diz o fabricante, mas tenha em mente o que dissemos aqui… a tendência é que “com o andar da carroça as melancias se acomodem”, ou seja, que no futuro se uniformize e até se tornem compatíveis os codeplugs… assim espero…

73’s!!

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

CODEPLUG… Método prático para construir um – Parte 2

Antes de dar continuidade ao que vimos no post anterior quero observar que, não pretendo abordar nenhum tipo de rádio em especial, nem ensinar como fazer codeplug para algum modelo especifico de rádio… Não!… definitivamente não é esse o meu objetivo… o que pretendo é dar a conhecer cada um dos grupos e listas de um codeplug e suas relações de tal forma que você possa construir codeplugs para qualquer marca ou modelo de rádio e estar ciente que o codeplug ficará condicionado as limitações de cada marca e modelo de rádio.

Dito isso, vamos dando continuidade ao post anterior seguindo a lista de 4 ítens… lembram??… pois é… o segundo item daquela lista nos leva aos…

GRUPOS DE RECEPÇÃO

O que são?

Um Grupo de Recepção contém um ou vários Grupos de Conversação que serão recebidos ao mesmo tempo. É claro que, uma vez que você pode escutar todos ao mesmo tempo, isso pode se tornar inconveniente, então o correto seria você ter, em grupos separados, os mesmos TG’s e assim que identificasse qual TG está operando você imediatamente trocaria para o TG correspondente e continuaria no QSO nesse TG.

Como construir?

Você pode, por exemplo, criar um Grupo de Recepção chamado ‘Nacional’ onde conste todos os Grupos de Conversação do Brasil (Xiii… desculpe, foi mal… só temos UM)… então digamos que queremos escutar os TG9, TG724, TG915, TG268, todos de língua portuguesa, poderíamos criar um Grupo de Recepção chamado de ‘Língua Portuguesa’. Segundo o que pude apurar, não há necessidade de você programar um grupo de recepção exclusivo para um determinado TG, basta programar o Grupo de Recepção como ‘Nenhum’ que o canal de transmissão, por si só, irá determinar que receba apenas aquele Grupo de Conversação selecionado para a transmissão. Assim, imediatamente após você receber um determinado TG no Grupo de Recepção ‘Lingua Portuguesa’, você trocaria para o tal grupo e então continuaria o QSO tão somente com os participantes do TG recebido.

Para criar esses grupos, os softwares normalmente apresentam uma lista de grupos que você já criou em “Lista de Contatos” e você deve escolher entre aqueles oferecidos os que irão constar no “Grupo de Recepção” que você está criando… veja bem a relação e o porquê de se criar antes, a “Lista de Contatos”, e a importância de se manter uma ordem na criação do codeplug.

Por hoje é isso… no próximo post, a parte 3 da série, trarei para vocês uma parte muito importante na confecção de um codeplug… a Lista de Canais… aguardem!

Enviem seu comentários, críticas e correções… a todos será dada a importância que merecem.

73’s!

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

CODEPLUG… Método prático de construir um.

Em um post anterior apresentei alguns exemplos de codeplugs a fim de saciar o imediatismo a que somos submetidos quando adquirimos um rádio novo, porém, como bem alertou um colega, “melhor ensinar a pescar do dar o peixe”. Na verdade o codeplug de um rádio é muito particular a partir da área em que estamos, das repetidoras a que temos acesso, dos colegas disponíveis para QSO, do modo de operação a que estamos submetidos (portátil, móvel, base?), enfim de um números de variáveis que irão personalizar o codeplug e deixá-lo apropriado para nossa operação. Mas… sempre existe um “mas”, algumas coisas básicas se repetirão em um codeplug, seja ele destinado ao tipo de operação que for. Isso nos permite partir de um modelo genérico e, conhecendo os conceitos, progredir para um modelo particular. É isso que pretendo nessa série de posts que pretendo publicar aqui. É um método prático que está baseado em quatro itens e procura familiarizar os conceitos de Lista de Contatos, Grupos de Recepção, Lista de Canais e Lista de Zonas. Essa série de publicações que irei fazer sob o título de “CODEPLUG’s… Médoto prático de construir um” está baseada em pesquisas em sites de outros radio clubes pelo mundo afora, destacadamente “Clube de Radiomadores de Idaho Central”, “Guia do Radioamador para DMR” e “Code Plug explicado do MD-380”. Então… vamos ao que interessa…

Primeiro… tenha em mente que não precisamos inventar a roda… ela já existe… precisamos cada vez mais e talvez sempre procurar novas aplicabilidades para ela, é isso que nos propomos a fazer aqui com relação aos codeplugs. Algumas “verdades” serão colocadas com o intuito de tornar mais fácil a construção dos codeplugs então por favor siga os passos dados… não invente, pelo menos no primeiro momento, deixe essas experimentações para depois… primeiro tente o B A, BA e só depois leia e escreva de carreirinha.

Como dissemos antes, nos basearemos em quatro itens que, na hora de construir o codeplug, devem ser seguidos na ordem em que se encontram abaixo:

1- Lista de Contatos

2- Grupos de Recepção

3- Lista de Canais

4- Lista de Zonas

Sempre que por alguma razão você necessite modificar ou acrescentar dados no seu codeplug, siga a sequência acima para evitar surpresas desagradáveis.

Sempre, antes de qualquer modificação, baixe o codeplug atual do rádio e salve no seu computador em algum lugar de fácil acesso.

Então vamos começar do início conforme a sequência especificada acima.

LISTA DE CONTATOS

O que são?

A Listas de Contatos é o local onde consta os ID de todos os colegas radioamadores, segundo o registro do DMR-MARC para ser utilizado em Contatos Privados ou para que seja identificado por indicativo e nome sempre que o mesmo se fizer presente na frequência que você sintonizou. Também é nessa lista que estão todos os Grupos de Conversação (Talk Group, ou TG) que estão registrados no BrandMeister.

Onde buscar?

A identificação mundial de cada colega pode ser obtida em vários sites na internet mas o ideal é que você vá buscar em http://www.dmr-marc.net/cgi-bin/trbo-database/ e escolhendo entre usuários e repetidores. Baixe ambos porque você vai precisar disso mais adiante. Atente que essa lista muda diariamente, assim a lista de dois ou três dias depois pode estar bem diferente. Você vai precisar atualizar essa lista periodicamente se quiser ter seus contatos atualizados. Utilize uma planilha eletrônica para visualizar e editar os dados que interessa a você.

Os TG ou Grupos de Conversação, você também pode encontrar em vários sites mas o melhor é beber da fonte diretamente, então vá ao site https://brandmeister.network/?page=talkgroups  e baixe a lista completa de TG’s que tem por lá. Use uma planilha eletrônica para visualizar e editar os dados de seu interesse.

Como construir?

Depois de escolher os TG’s e os colegas a serem colocados na sua lista de contatos é só começar a digitar ou editar no software próprio de programação do seu rádio. Existem programas editores de codeplug, como o do colega N0GSG, mas que somente são reconhecidos por programas de gravação de alguns rádios, mas não todos. De um modo geral todos os softwares de programação de rádios conseguem importar arquivos .csv então, procure verificar se o software que você está usando permite o uso desses arquivos, isso irá lhe poupar muito tempo de digitação e ficará bem mais fácil editar seus arquivos no futuro.

Outra coisa muito importante… ORGANIZE sua lista… procure colocar todos os TG’s juntos e sequencialmente organizados. Observe isso também com relação aos contatos individuais.

Bom… creio que os colegas já tem bastante atividade com a busca e implementação da Lista de Contatos.

No próximo post continuamos a construção de nosso codeplug.

73’s!

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

ATENÇÃO!!!… codeplug corrigidos.

Boa noite a todos, espero que tenham passado um ótimo domingo.
Pessoal peço desculpas por algum inconveniente causado pelos arquivos codeplug que publiquei… parece que alguns não funcionaram… na verdade eu testei aqui e me parece que somente o do rá Hytera não funciona mas, como gato escaldado tenm medo de água fria, estou fazendo as postagens novamente com os arquivos COMPACTADOS… assim sendo os senhores terão um pouco mais de trabalhos, terão que descompactar os mesmos, parece que isso resolve o problema… então segue os novos link.. de carreirinha…
MD9600_PR_120418.zip
MD786G_PR_120418.zip
DGM4100_PR_120418.zip
Bom era isso!…
Desculpem o transtorno e se algum de voces notarem algo de estranho por favor me avise para que eu possa corrigir ok??

73´s

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

O assunto é… HOMOLOGAÇÃO!

Booommm diiiaaa!!!… Bom domingo!…
Um dos grandes anseios que nós radioamadores carregamos conosco é a questão, um tanto esdrúxula, da homolagação de equipamentos para uso de radioamador.
Eu digo esdrúxula, porque não vejo nenhum sentido em ter uma homologação para um equipamento que, a priori, pode ser modificado a qualquer momento, por ser esse um dos sentidos do radioamadorismo, pesquisar, testar, tentar, corrigir, melhorar aquele equipamento que se montou ou se adquiriu.
Então, aceitando que se necessita ter uma homologação para o equipamento de radioamador, como se deve efetuar tal homologação quando o fabricante, por alguma ou várias razões, não o faz? Existe um caminho a ser seguido para que o colega radioamador consiga homologar aquele transceptor que adquiriu e que não foi homologado pelo seu fabricante ou representante/distribuidor?… a resposta é, SIM EXISTE… e esse caminho foi muito facilitado a partir do belíssimo trabalho feito pelo nosso colega PY2VOX. O Ricardo percorreu os caminhos e agora compartilha conosco os passos a serem seguidos para quem quer se ver livre de problemas com a homologação de equipamentos para radioamadores.
Voce pode fazer isso sem depender de niguém a não ser voce mesmo basta acessar
esse link
Para obter todas as instruções e percorrer o caminho indicado.
Obrigado ao Ricardo pela ajuda que dá a todos nós.

73´s

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.

Facilitando o codeplug…

Olá pessoal!… hoje estou fazendo uma postagem já com o intuito de ajudar alguns colegas que estão entrando para o mundo do Digital Voice, mais precisamente do DMR.
DMR é uma assunto que demandará muitas publicações mas no momento o que eu quero mesmo é passar três codeplugs, um para os transceptores TYT MD9600, que me parece que irá servir também para o modelo portátil MD380
(MD9600_PR_120418.rdt)
outro para os modelos da família Motorola DGM4100
(DGM4100_PR_120418.rdt)
e ainda um para os Hytera MD786G
(MD786G_PR_120418)
Esses codeplug estão direcionados para região PY5 mas serão incrementados aos poucos, e conforme o meu tempo disponível, para contemplar as demais regiões.
Nessa primeira versão estão inclusas alguns repetidores das regiões PY2 e PY3 e contém canais digitais e analógicos das bandas de 2m e 70cm.
Espero que sirva como base para os colegas, que deverão alterar apenas o nome e ID do rádio e também, se for o caso, as informações da tela inicial.
Dúvidas?… comente que estarei atento.

73’s!

PU3SMS/PU5SMS – SAEZ.